quinta-feira, 23 de abril de 2015

Elogios públicos, críticas privadas!



Assim como apontar as falhas se faz necessário para o desenvolvimento profissional, o elogio é uma prática que também deve integrar o quotidiano de todos os gestores. O elogio motiva as pessoas, demonstra reconhecimento e indica que a chefia não está alheia às contribuições individuais ao trabalho do grupo. “Tanto o elogio quanto a crítica são feedbacks que podem ser construtivos – depende da maneira como são feitos”, afirma Fernando Battestin, consultor de Educação Corporativa da Leme Consultoria.
A lógica é que todo estímulo dado ao ser humano produz uma resposta, que deve ser observada de acordo com o ambiente. “Se esse estímulo for saudável, a tendência é que o comportamento também o seja e se repita por outras tantas vezes”, explica Battesin. Para a empresa os benefícios são o aumento da produtividade e um bom ambiente de trabalho.
O desafio para os gestores é saber a dose exata do remédio, pois o elogio em excesso tende a soar como automático e falso, sem conteúdo. Na outra ponta – quando ele inexiste – o resultado pode ser o desestímulo e a desmotivação do funcionário. Não existe fórmula certa ou errada: vale a perceção do gestor para identificar sinais de desmotivação que possam ser combatidos com elogios pontuais, mesmo que o feito não tenha grande impacto sobre um determinado projeto, por exemplo.
“Quando elogiar torna-se uma prática da liderança, ela acontecerá naturalmente e não soará a falsidade”, acredita Battestin. 
O RH da Dow trabalha junto aos líderes para reforçar a importância do reconhecimento genuíno e do papel de cada um na criação de uma cultura de elogio. A empresa incentiva todos os líderes a darem feedbacks constantes às suas equipes, o que inclui elogios e críticas. “O mais importante é estabelecer um canal para o reconhecimento. O líder deve ser capaz de dizer qual foi a contribuição do funcionário e ser claro ao fazer um comentário de forma construtiva, no caso de uma crítica, ou reforçar positivamente um resultado, se for um elogio”, orienta.
Ao elogiar ou criticar um colaborador é importante ter dados concretos para justificar o feedback. O gestor não pode ser vago e deve sempre trabalhar com dados, assim o colaborador poderá compreender com mais clareza os resultados da avaliação. “Ao elogiar, faça-o publicamente, pois estimula os outros que estão ouvindo, mas evite criticar ou repreender em público, pois isso expõe as pessoas e tornam o ambiente desconfortável”.

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