“Oito em cada dez empresas de alto desempenho referem que
apresentam um desempenho acima do normal na gestão do talento e a mesma
proporção de empresas mais débeis referem que têm um desempenho abaixo do
normal.
Apesar de as empresas e grupos mais pequenos
serem mais inteligentes acerca da gestão de pessoas do que pensa a maioria das
pessoas, ainda têm muito a fazer para melhorar a sua gestão do talento.
Quase quatro quintos das empresas mais
pequenas não fazem um planeamento estratégico do talento. Apenas cerca de 10
por cento obtêm o impacto que pretendem dos seus projetos de gestão do talento.
Estas são as conclusões principais de um novo
estudo publicado pela European Association for People Management (EAPM) e pela
CAPITALENT denominado “Como as PME europeias Impulsionam o Sucesso Futuro” e no
qual a Associação Portuguesa de Gestores e Técnicos de Recursos Humanos (APG)
participou activamente com os resultados de Portugal.
O estudo, baseado num inquérito a 1174
gestores de RH e de linha provenientes de mais de 30 países, revela que as
empresas mais fortes, independentemente do setor de atividade, não consideram o
talento apenas como os 3 por cento de elite que representam os sucessores do
grupo atual de executivos. Mais de metade das empresas de alto desempenho (57
por cento) consideraram que pelo menos 10 porcento dos seus efetivos são
talentosos.
O estudo EAPM-CAPITALENT examinou
sistematicamente o pensamento, as práticas e as prioridades atuais,
identificando mais de 140 práticas sãs de gestão do talento. É evidente que há
inúmeras oportunidades. Por exemplo, apenas uma de quatro empresas mais
pequenas podem confirmar práticas sãs de gestão do talento. Uma em cada cinco
não prevê a gestão do talento no seu orçamento. Quando os trabalhadores
talentosos decidem abandonar as suas empresas, apenas um terço das mesmas
utiliza as entrevistas de saída de forma sistemática.
O problema mais comum revelado pelo estudo é
o facto de as empresas falharem no envolvimento dos gestores de linha. “As
empresas mais pequenas têm de tirar partido, de forma mais activa, dos seus
pontos fortes naturais para criarem um quadro de líderes motivadores e uma
verdadeira cultura do talento”, destaca Pieter Haen, antigo Presidente da EAPM.
O estudo confirmou que as empresas com melhor
desempenho dão mais atenção ao talento. “As empresas de sucesso estabelecem
práticas pragmáticas e bem reportadas”, explica o Dr. Philipp Zimmermann,
parceiro da CAPITALENT. “Para criar uma prática sã desse tipo é necessário
obter um resultado estratégico das necessidades comerciais, estar alinhado com
a sua cultura e ouvir e absorver as opiniões individuais dos colaboradores”.
Olhando em frente, o estudo EAPM-CAPITALENT
identifica cinco principais prioridades futuras para a gestão do talento e
apresenta as 20 melhores práticas empresariais: envolver os líderes na gestão
do talento; planear o talento de forma estratégica; executar corretamente;
fomentar uma atitude de alto desempenho; desenvolver de forma eficaz.”
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