O
salário não é tudo para os profissionais e entre os portugueses há
quem esteja disposto a sacrificar um aumento salarial pela
possibilidade de adquirir novas competências profissionais.
O
acesso a formação e a novas competências é, para um número
crescente de profissionais portugueses, mais importante do que um
aumento salarial. A conclusão resulta da análise dos dados do
último Kelly Global Workforce Index, realizado pela consultora de
recursos humanos Kelly Services, que revela que “muitos
profissionais parecem estar dispostos a abdicar de salários mais
elevados e da oportunidade de ascensão na carreira face à
oportunidade de adquirir novas competências, melhorar o equilíbrio
entre a vida pessoal e a profissional e até a hipótese de
realizarem funções com um compromisso social”.
Segundo
o estudo, na Europa mais de metade dos profissionais (57%) afirmam
estar dispostos a sacrificar melhorias salariais ou a progressão na
carreira pela oportunidade de aprender novas competência. Uma
percentagem que é largamente superada pelos profissionais
portugueses. No contexto nacional de trabalho, 72% dos profissionais
dão prioridade à aquisição de competências sobre os aumentos
salariais. O país é, entre os europeus, aquele que regista um
índice mais elevado nesta questão.
Melhorar
o equilíbrio entre a profissão e a vida familiar é outra das
prioridades dos profissionais, a par com o desenvolvimento de
atividades de carácter social. Em ambos os casos, Portugal volta a
destacar-se figurando qualquer um destes aspectos como prioritários
para um número significativo de portugueses, quando comparados com
profissionais de outros países europeus. Para Afonso Carvalho,
diretor geral da Kelly Services, os resultados do estudo global
realizado pela consultora deixam claro que “as organizações mais
atrativas são as que oferecem mais do que salários e benefícios
competitivos” aos seus profissionais. O diretor elenca a
preferência dos profissionais por empresas que “oferecem a
oportunidade de desenvolver competências e evolução do
profissional no desempenho das suas funções”.
Para
as organizações que ainda estão convictas de que um bom salário
retém trabalhadores, Afonso Carvalho relembra: “apesar do salário
constituir ainda um importante elemento no recrutamento e retenção
de profissionais, estes valorizam de forma clara o seu crescimento em
termos profissionais e a relação desta vertente com o seu tempo e
relações pessoais”.
O
Kelly Global Workforce Índex é realizado anualmente e analisa o
emprego e o ambiente de trabalho nos vários países onde a
consultora opera, entre as quais se inclui Portugal. Na edição
deste ano participaram 13 mil profissionais portugueses, num total de
230 mil profissionais de 31 países.
Fonte: http://expressoemprego.pt/noticias/72--trocam-salario-por-mais-competencias/3669
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