Entre
o pessimismo e o otimismo moderado. Assim oscilam os diretores de
recursos humanos das empresas a operar em Portugal, no que ao emprego
diz respeito. De acordo com a terceira edição do Barómetro Kaizen/
RH Magazine, os líderes de RH reprovam a performance do Governo em
matéria de combate do desemprego de longa duração concerne, mas
ainda assim, 49% acreditam que a taxa nacional de desemprego vai
diminuir nos próximos meses.
Numa
escala de zero a 20 valores, os 53 diretores de recursos humanos
contactados no âmbito deste barómetro reprovam, com 8,9 valores, a
performance do Governo durante o atual mandato no que toca ao combate
do desemprego de longa duração. Porém, numa perspetiva global
sobre esta variável, o executivo de Passos Coelho passa à tangente
na avaliação feita pelos líderes dos departamentos de RH de
empresas de referência nacional, como Autosueco, Bial, Colep, EDP ou
o gigante sueco IKEA, entre outros. É que relativamente às
perspetivas de evolução do índice de emprego nacional para este
ano 49% dos especialistas inquiridos dizem acreditar na diminuição
da taxa de desemprego, destacando-se também uma importante parcela
de cautela na avaliação dos diretores: 40% preveem a estabilização
do desemprego. Segundo o estudo, apenas 11% por cento dos diretores
inquiridos evidencia sinais de pessimismo, afirmando que a taxa de
desemprego vai subir ao longo deste ano.
As
conclusões do Barómetro Kaizen/ RH Magazine fornecem ainda outros
dados de análise relevantes, no que diz respeito às perspetivas de
evolução do mercado de trabalho evidenciadas pelos especialistas de
recrutamento. Uma delas diz respeito ao estímulo nacional ao
empreendedorismo, a que os 53 inquiridos atribuem uma avaliação de
10,3 valores. Avaliação ligeiramente superior merecem as medidas de
combate ao desemprego jovem (10,7 valores) e a criação de
incentivos à contratação, que soma pouco mais de 11 valores
(11,2).
Neste
campo, a burocracia excessiva é a razão mais apontada pelas
empresas para não recorrerem a medidas de financiamento existentes
para integração de novos colaboradores, apesar de 62% dos
respondentes confirmar que a organização onde se inserem recorre às
medidas de apoio ao financiamento para integração de novos
colaboradores. Para os restantes 38%, a aposta nestas medidas implica
uma carga burocrática excessiva e para uma percentagem igualmente
expressiva de 30%, estas medidas não se enquadram nas suas
necessidades.
O
estudo destaca ainda que sobre a lei recentemente aprovada pelo
executivo alemão que estabelece um mínimo de 30% de mulheres na
composição dos conselhos de administração das companhias privadas
germânicas, 64% dos diretores de recursos humanos nacionais discorda
da implementação de uma medida legal semelhante em Portugal. O
argumento é o de que “a lei não deve condicionar a escolha de
quem ocupa os cargos de topo nas empresas”. O barómetro analisou
ainda o grau motivacional dos trabalhadores nacionais e concluiu que
à luz da opinião dos diretores de recursos humanos inquiridos, numa
escala de zero a 20, a motivação dos trabalhadores nacionais se
encontra ligeiramente acima dos 12 valores (1%), tendo aumentado
cinco décimas desde a primeira edição do barómetro, realizada em
março de 2014.
Fonte: http://expressoemprego.pt/noticias/o-estado-do-emprego-nacional/3733
Fonte: http://expressoemprego.pt/noticias/o-estado-do-emprego-nacional/3733
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