O
equílibrio do mercado laboral vive, entre outros fatores, da
capacidade das escolas responderem na formação de profissionais, às
reais necessidades das empresas. Uma meta que os especialistas em
recrutamento tendem a apontar como utópica. Em Portugal, como
noutros países, o gap entre as prioridades de contratação das
empresas, as competências que procuram, e os perfis dos
profissionais disponíveis no mercado é grande. Pode parecer
estranho mas, garantem os recrutadores, que em solo nacional ainda é
difícil encontrar profissionais com softskills orientadas para a
inovação, polivalência de funções ou visão estratégica.
O
que distingue Portugal dos Estados Unidos no que ao gap entre as
competências dos profissionais e as necessidades reais das empresas
diz respeito? Nada de muito significativo. Segundo um estudo
realizado pela agência Bloomberg em parceria com a consultora
Cambria Consulting e recentemente divulgado, o The Bloomberg
Recruiter Report, as dificuldades dos recrutadores e dos
profissionais americanos são, na verdade, muito semelhantes às
vividas em Portugal no que diz respeito à contratação. O estudo,
cujo objetivo era identificar as competências que as empresas querem
atrair mas não conseguem encontrar entre os profissionais
disponíveis, identifica como entre as competências tidas como
vitais para as empresas, mas difíceis de encontrar, o pensamento
crítico e estratégico, a criatividade e orientação para a
resolução de problemas, entre outras.
Se
é candidato a um emprego esqueça argumentos como visão global do
negócio e da carreira, a capacidade de decisão e assunção de
riscos, a postura empreendedora, a motivação ou a capacidade de
adaptação. Não é que que não sejam competências relevantes no
mercado laboral, simplesmente já não são diferenciadoras para as
empresas e tornaram-se insuficientes para o distinguir dos outros
candidatos. A afirmação é avançada pela Bloomberg que aponta
qualquer uma destas softskills como as menos valorizadas pelas
empresas. Segundo a agência, "as escolas devem adequar os seus
objetivos para a formação de profissionais com as competências
mais necessárias às empresas, sejam elas técnicas ou
comportamentais. Mas a realidade demonstra que há desiquílibrios
nesta matéria”.
Leia mais em: http://expressoemprego.pt/noticias/competencias--o-que-as-empresas-procuram/3746
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