sexta-feira, 15 de maio de 2015

Competências: o que as empresas procuram


O equílibrio do mercado laboral vive, entre outros fatores, da capacidade das escolas responderem na formação de profissionais, às reais necessidades das empresas. Uma meta que os especialistas em recrutamento tendem a apontar como utópica. Em Portugal, como noutros países, o gap entre as prioridades de contratação das empresas, as competências que procuram, e os perfis dos profissionais disponíveis no mercado é grande. Pode parecer estranho mas, garantem os recrutadores, que em solo nacional ainda é difícil encontrar profissionais com softskills orientadas para a inovação, polivalência de funções ou visão estratégica.

O que distingue Portugal dos Estados Unidos no que ao gap entre as competências dos profissionais e as necessidades reais das empresas diz respeito? Nada de muito significativo. Segundo um estudo realizado pela agência Bloomberg em parceria com a consultora Cambria Consulting e recentemente divulgado, o The Bloomberg Recruiter Report, as dificuldades dos recrutadores e dos profissionais americanos são, na verdade, muito semelhantes às vividas em Portugal no que diz respeito à contratação. O estudo, cujo objetivo era identificar as competências que as empresas querem atrair mas não conseguem encontrar entre os profissionais disponíveis, identifica como entre as competências tidas como vitais para as empresas, mas difíceis de encontrar, o pensamento crítico e estratégico, a criatividade e orientação para a resolução de problemas, entre outras.

Se é candidato a um emprego esqueça argumentos como visão global do negócio e da carreira, a capacidade de decisão e assunção de riscos, a postura empreendedora, a motivação ou a capacidade de adaptação. Não é que que não sejam competências relevantes no mercado laboral, simplesmente já não são diferenciadoras para as empresas e tornaram-se insuficientes para o distinguir dos outros candidatos. A afirmação é avançada pela Bloomberg que aponta qualquer uma destas softskills como as menos valorizadas pelas empresas. Segundo a agência, "as escolas devem adequar os seus objetivos para a formação de profissionais com as competências mais necessárias às empresas, sejam elas técnicas ou comportamentais. Mas a realidade demonstra que há desiquílibrios nesta matéria”. 

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